domingo, maio 01, 2011

UM BRASIL FEMININO

Olá amigos e seguidores do Pajuçara em Foco Blog, neste domingo feriado eu desejo a todos um dia excelente.

O Jornal O POVO Online publicou esse artigo, numa matéria de Júlia Lopes, que vem nos dizer quem são essas mulheres no Ceará.

Acompanhem por favor.

Se por um acaso você estiver lendo esse texto num local público, olhe para os lados. Caso contrário, imagine o shopping, a praia, a academia, o seu local de trabalho – em todos esses espaços, é muito provável que você veja mais mulheres que homens.

Em Fortaleza, no Ceará, no Brasil todo, somos maioria, segundo o Censo 2010, e, claro, segundo nossa própria percepção. Em números, isso quer dizer 96 homens para cada grupo de 100 mulheres.

Mais concorrência na prática do flerte, diriam muitas. Maior violência contra o homem, apontam estudiosos. Um Brasil mais feminino, quem sabe.

Esse demonstrativo é histórico e o próprio IBGE assegura a informação. No Censo 2000 o indicador já denunciava 97 homens para cada 100 mulheres. Ana de Sales Nogueira, que na intimidade atende por dona Anete, vive já há 19 anos sem o seu.

Aos 87 ela mora só, cozinha só e vai à missa só. O esporte da juventude lhe garantiu um vigor de dar inveja e a família sempre perto acalenta planos para o futuro.

Visionária, dona Anete investe em imóveis e tem como diversão “ganhar um dinheirinho”. De pé desde as 4 horas da manhã, a voz firme não nega: “Minha filha, diga aí que eu topo qualquer parada”.

“Historicamente o Censo sempre apresenta o número superior de mulheres”, lembra o sociólogo Clésio Arruda, do Laboratório de Análises Políticas, Econômicas e Sociais.

“Nascem mais homens, porém morrem mais homens. Há uma taxa de mortalidade já infantil para o sexo masculino.

Quando chega a fase da juventude também aumenta a taxa de mortalidade, pela exposição dos homens à violência”. Aparentemente resguardadas das ameaças da rua, porém, as mulheres podem acabar sofrendo com isso no futuro.

“Elas também estão mais expostas. Mais presentes nas universidades, nas empresas de serviço, inclusive do Interior, por consequência disso, na rua”, coloca Arruda.

Como a datilógrafa Tarcilia de Souza, 28. Todas as manhãs ela vai de bicicleta deixar a filha de 6 anos na escola. Ainda que haja o perigo, Tarcilia não quer descuidar do exercício. “Eu não abro mão dele”.

Mãe solteira, tem as manhãs para si, e as tardes no Fórum Clóvis Beviláqua.

“Eu não tenho funcionária, eu que tenho que fazer tudo. E quando chego em casa tem que ensinar tarefa, tem que perguntar como foi o dia, até dá o horário de dormir. E começar tudo de novo”, conta.

Aos finais de semana essa atenção com a cria é maior. E vez por outra ainda dá para ver a noite com as amigas. A discrepância entre homens e mulheres, ainda bem, ela não tem sentido. “Eu não sei o que tá acontecendo, mas tá tendo mais paqueras”.

419

EQUIDADE ENTRE OS SEXOS: NO DISTRITO DE ESPERANÇA, EM CANINDÉ, TEM. SÃO 419 HOMENS E O MESMO TANTO DE MULHERES

81%

QUEM ESTIVER SE SENTINDO SOZINHA, VALE FAZER UMA VISITA A BALBINOS, EM SÃO PAULO: LÁ, A POPULAÇÃO MASCULINA REPRESENTA 81,9% DA POPULAÇÃO

Abraços para todos

Pajuçara em Foco

Por

Iris de Queiroz

Educadora

Com especialização em psicopedagogia

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