
Olá meu Povo de Pajuçara Maracanaú, boa quarta feira para todos.
Hoje nossa postagem retrata a luta dos Servidores do IJF que reivindicam reajuste salarial.
O crédito da matéria é do Jornal Diário do Nordeste – reporter Renato Bezerra, especial para o caderno cidade.
Vejam os detalhes.
Os servidores de nível superior paralisaram as atividades durante duas horas, período durante o qual ficaram do lado de fora da Emergência.
Os profissionais esclareceram que deve aumentar para 3 horas as paralisações diárias e podem fazer greve geral caso a Prefeitura não negocie objetivamente
O movimento teve início na última sexta-feira e durou todo o fim de semana. Uma greve poderá ser deflagrada
Dando continuidade aos protestos por melhorias salariais e melhores condições de trabalho, servidores de nível superior do Instituto Dr. José Frota (IJF), no Centro da cidade, realizaram, na manhã de ontem, a paralisação dos atendimentos por duas horas. O clima é de insatisfação com a Prefeitura Municipal de Fortaleza, e a categoria ameaça instaurar greve geral caso não haja avanço nas negociações.
O grupo, formado por enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e psicólogos, entre outros, e representados pela Comissão de Nível Superior do IJF (Conisupi), se aglomerou na entrada do hospital e reivindicou a revisão da gratificação específica em cima do salário-base, que atualmente é de 20%. A exigência é que esse valor seja de 80%. Os profissionais pedem também a criação de uma comissão voluntária com o objetivo de ajudar a melhorar o trabalho da gestão, proporcionando um melhor atendimento à população, sem que seja necessário o aumento dos custos adicionais.
Os membros da Comissão se dizem prejudicados com a distinção do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos médicos e demais profissionais de saúde com nível superior. "A Prefeitura criou um plano exclusivo para os médicos. Isso não existe", reclama o fisioterapeuta Marcos Aurélio Rocha.
Rocha afirma que o hospital necessita de melhores condições de trabalho, além de atuar acima da capacidade. Segundo ele, o Ministério da Saúde recomenda que uma unidade de urgência e emergência trabalhe com 80 % de sua taxa de ocupação de leitos, considerada a ideal, e que o IJF trabalha, hoje, com números próximos aos 95%, considerada "saturada" ou "de risco". Ainda conforme o fisioterapeuta, a unidade de saúde conta, no momento, com 423 servidores submetidos a essas condições, que se revezam em turnos diurnos e noturnos, com 60 servidores em cada plantão diário.
Conforme a assistente social Fátima Martins, a situação atual é caótica, uma vez que a demanda ultrapassa todas as limitações. "Precisamos que a prefeita veja com bons olhos a situação do hospital", diz. Para a enfermeira Nazaré Bosque, o problema decorre da falta de reconhecimento por parte da Prefeitura. "Nós somos profissionais que estudamos muito, e dentro da estrutura que é oferecida pelo IJF, não estamos sendo valorizados", lamenta.
Aurélio Rocha esclarece que, embora a adesão às paralisações estejam sendo de forma maciça, a população não está sendo prejudicada com o movimento. " Os atendimentos de urgência e emergência continuam 100% preservados", afirma.
As paralisações dos servidores de nível superior do IJF tiveram início na última sexta-feira e se estenderam durante o fim de semana. Segundo o grupo, as negociações já ocorrem há três meses, porém, sem nenhum resultado concreto. A Conisupi afirma que o movimento passará a realizar paradas diárias de três horas, e uma greve geral poderá ser deflagrada, caso a Prefeitura não negocie de forma objetiva.
De acordo com a Secretaria de Administração do Município (SAM), a Prefeitura está concentrando os esforços para se chegar a um entendimento com a categoria. Entre as propostas apresentadas até o momento estão a antecipação da data-base para janeiro, e o reajuste salarial, com variação de 4,13% a 15,35%, a partir de janeiro.
Que a comunidade fique atenta para não se decepcionar se de repente precisar do IJF em Fortaleza.
Beijão para todos e até amanhã.
Por
Iris de Queiroz
Projetos Sociais
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