Olá pessoal amigo de
Pajuçara saúde para todos.
Hoje eu falo sobre Diabetes:
a doença na vida das crianças a reportagem é de Natália Leão - Edição:
MdeMulher - Conteúdo do site CLAUDIA.
A autora afirma que a
descoberta do diabetes na infância muda quase totalmente a rotina da criança,
mas os cuidados adequados e o olhar dos pais garantem um futuro saudável.
Vejamos os detalhes.
A cada ano, mais de 70 mil
crianças no mundo recebem o diagnóstico de diabetes do tipo 1 ou DM1. Segundo a
Federação Internacional de Diabetes, cerca de 440 mil crianças com até 14 anos
têm a doença. No Brasil, o Instituto da Criança com Diabetes estima que 150 mil
crianças e jovens até 20 anos sejam diabéticos. Geralmente os pais demoram a
descobrir a doença. "Na hora em que buscam atendimento, 25% das crianças
têm o nível de açúcar no sangue tão alto que vão direto para a UTI",
explica o endocrinologista pediátrico Durval Damiani, de São Paulo.
O tipo mais comum entre
crianças e adolescentes, o DM1, é diferente do diabetes do tipo 2. Na DM1, o
sistema imunológico ataca o organismo destruindo as células do pâncreas que
produzem insulina. E faz com que seja preciso repor esse hormônio, que coloca a
glicose para dentro das células, produzindo energia. Não se sabe ao certo o que
causa a DM1, mas os médicos concordam que é uma combinação entre fatores
genéticos e agentes externos, como o contato com alguns vírus, como os da
rubéola e da caxumba. Já o diabetes do tipo 2 é desencadeado por excesso de
peso e sedentarismo. Pouco tempo atrás era exclusividade dos adultos, mas já
começa a afetar pequenos com esse perfil. Para tratar a DM1, deve-se medir os
níveis de glicemia no sangue até dez vezes ao dia (por um furinho no dedo),
fazer a correção de insulina com injeções e mudar hábitos alimentares
imediatamente.
A professora de inglês
Nicole Lagonegro, de São Paulo, mãe de Maria Vittoria, que descobriu que era
diabética aos 5 anos, lembra das primeiras aplicações de insulina.
"Demorava até meia hora, com a Vittoria chorando e dizendo: "Mãe, não
quero tomar injeção, por que está fazendo isso comigo? Até furei meu dedo para
provar que não doía." Tratar o assunto de forma carinhosa e parceira faz
diferença. A caneta de insulina, usada para aplicar o hormônio, ganhou adesivos
infantis; Vittoria tem até maletinha rosa para os apetrechos de controle do
diabetes.
A psicóloga Graça Maria de
Carvalho Camara, da Associação de Diabetes Juvenil (ADJ), diz que é importante
que a criança participe do que acontece e tenha as dúvidas respondidas.
"Minha filha perguntava: 'Por que tenho diabetes e minha irmã não? Vou ter
isso para sempre? Os médicos vão me curar?' Partia meu coração", lembra
Nicole. A solução foi mostrar que uma pessoa é diferente da outra.
"Explicava para a Vittoria que tem gente que usa óculos, tem gente que
precisa de cadeira de rodas... Aos poucos, ela foi entendendo", diz a mãe.
Brincar na praia ou
piscina sempre foi um programa traumático para Vittoria. O motivo: se a
atividade física é intensa, a quantidade de insulina aplicada para manter os
níveis de glicose normais pode não bastar, abrindo caminho para a hipoglicemia.
Isso não significa ter de abolir o exercício; pelo contrário. Ele evita a
hiperglicemia, que gera picos de açúcar no sangue. No entanto, deve ser
monitorado. Mas a hipoglicemia continua sendo a mais temida pelos pais. Durante
uma crise, Nicole achou que a filha fosse morrer. "Ela teve uma convulsão
no café da manhã e saí desesperada para o hospital, colocando mel na boca dela.
No caminho, Vittoria voltou ao normal", lembra.
Com o tempo, as mães de
crianças "docinhas", como elas mesmas dizem, viram experts. Fazem a
contagem de carboidratos em segundos, sabem dizer pelo olhar se o filho está
com hipoglicemia ou hiperglicemia. O jeitinho superprotetor está lá, mas os
pais devem saber que é vital para a criança ter autonomia.
No dia Mundial de luta
contra o diabetes é muito importante ficar de olho nas nossas crianças.
Um beijão para todos e até
amanhã.
Pajuçara em Foco
Por
Iris de Queiroz
Projeto Sociais
Nenhum comentário:
Postar um comentário